quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Ilha



Parece algo como aquele filme, A Ilha. Alguém nos diz que devemos estudar muito (mesmo que depois não lembremos nem da metade daqueles assuntos tão legais...), para então podermos entrar na faculdade e estudar mais ainda (mesmo que depois não lembremos daqueles assuntos ainda mais legais...). E então conseguir um bom emprego para passar umas 10 horas por dia, para então trocar por um emprego melhor, com salário melhor, para passar pelo menos 10 horas por dia, indefinidamente, por 30 anos ou mais. Ganhando cada vez mais, mesmo sem tempo nem motivo para gastar, já que ninguém nos disse o que realmente nos fará feliz... Mas eles nos disseram que precisamos disso para comprar um carro enorme (sem nos importarmos com o trânsito caótico), para comprarmos uma TV de 117 polegadas (pois é um ótimo quadro para se por na parede, já que não teremos tempo de ligá-la, graças a Deus!)...

E continuam nos dizendo uma pá de coisas: dicas para ser chefe, dicas para ser empresário, como se comportar em entrevistas, o que vestir quando for comer um cachorro-quente...

E ouvimos tudo atentamente... e tentamos seguir esses maravilhosos conselhos... por quê? Pelo mesmo motivo que ocorre no filme: não temos mais nenhum parâmetro de comparação. Mas o mundo um dia irá se perguntar o que realmente tem valor na vida, o que realmente deve-se estudar, em que seria melhor trabalhar... alguns já se perguntam...

2 comentários:

  1. Será que se perguntar já é um começo???

    Eu acredito que sim!!!

    Beijão, preto!

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  2. Ouro de tolo fica tão atual nesse contexto, né? Nossos problemas são atemporais demais, pqp!!!

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